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Natal não terá ônibus neste domingo, afirma sindicato

Na empresa Guanabara, ônibus não deixaram as garagens no horário previsto (Foto: Wendell Jefferson)

As duas empresas de ônibus que tinham carros circulando em Natal neste sábado já não têm mais nenhum veículo nas ruas. Todos, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Rio Grande do Norte (Sintro-RN), foram recolhidos às garagens. Neste domingo (22) também não haverá ônibus, afirmou o sindicato. O motivo é a falta de segurança por causa dos ataques que vêm ocorrendo no estado. A Polícia Civil confirma que os atentados têm relação com a crise no sistema prisional do estado.

Pela manhã, a PM disse que garantiria a segurança de motoristas, cobradores e passageiros, mas não houve acordo. Para este domingo (22), os rodoviários afirmam que nenhum ônibus vai rodar. O G1 tentou falar com a prefeitura, mas não conseguiu contato.

Segundo o Sintro, a frota de ônibus da capital potiguar é formada por 630 veículos. Nesta época do ano, em razão das férias, 380 mil pessoas usam o transporte público diariamente na cidade.

Inicialmente, as empresas haviam dito que circulariam neste sábado e domingo das 6h às 18h. No entanto, a expectativa não se concretizou e apenas veículos das empresas Trampolim da Vitória e Conceição foram às ruas.

Assessor de comunicação da PM, major Eduardo Franco reforçou que a corporação garante a segurança dos ônibus, bem como a presença das Forças Armadas na capital auxiliará no trabalho de prevenção a ataques, mas os rodoviários preferem não arriscar.

Carro incendiado
Um veículo particular foi incendiado na madrugada deste sábado (21) na Zona Oeste de Natal, mesmo após o início da atuação das Forças Armadas na região Metropolitana da capital potiguar. Segundo a Polícia Militar, quatro homens teriam ateado fogo no carro. Ninguém foi preso.

Ataques
Até o momento, vinte e seis ônibus e micro-ônibus, cinco viaturas do governo do estado e das prefeituras, um caminhão, dois carros particulares, quatro delegacias e outros três prédios públicos foram alvos de criminosos. Não há informação de pessoas feridas. Os atentados, a maioria incendiários, foram registrados em dez municípios.

Segundo o secretário de Segurança Pública, Caio Bezerra, está sendo investigado se os ataques têm relação com a crise no sistema penitenciário do estado. "Pessoas já foram presas", afirmou, mas sem revelar a quantidade de detidos.

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