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Marina propõe plebiscito sobre aborto e maconha; Bolsonaro rebate: “ela se esquiva”



Marina Silva, 60 anos, tenta pela terceira vez consecutiva se eleger presidente do Brasil. Ela já tentou pelo PV em 2010, PSB em 2014 e agora foi lançada pela Rede Sustentabilidade, da qual é fundadora. Apesar de figurar em segundo lugar nas pesquisas recentes, sua falta de posicionamento gera o mesmo tipo de crítica dos pleitos anteriores.
Nas entrevistas, Marina tem dado repostas vagas a questões que deveriam ser abordadas de frente por uma candidata que se define como evangélica. Recentemente, ela vem atacando seu principal oponente, o deputado Jair Bolsonaro (PSL). Às Páginas Amarelas da revista Veja desta semana, afirmou que ele é um “radical” e tenta minimizar o apoio que o capitão vem recebendo, sobretudo nas rede sociais.

“Em que medida a crise política do Brasil tem relação com o apoio de parte do eleitorado a um candidato com o perfil radical de Bolsonaro?… Um primeiro momento da indignação sai muitas vezes como um berro de protesto. Mas ninguém fica berrando o tempo todo. Chega uma hora em que a consciência sussurra mais alto, e as pessoas começam a perceber que as saídas mágicas não têm base na realidade”, afirmou.

Ao ser questionada sobre a descriminalização do aborto e da maconha, Marina voltou a falar em plebiscitos. “O aborto envolve questões de natureza ética, de saúde pública e religiosa. Defendo para esse tema, assim como para a descriminalização da maconha, que se faça um plebiscito. Esse é o caminho de ampliar o debate. Não se resolve o problema das drogas e do aborto rotulando alguém de conservador ou fundamentalista. Nós não queremos que mulher alguma tenha uma gravidez indesejada. Qual é a melhor forma para chegar a isso? Debatendo”, insistiu.

Fiel ao seu estilo, Bolsonaro usou sua conta no Twitter para rebatê-la. O deputado lembrou que sempre se posicionou contra a liberação das drogas e do aborto e disse que “um chefe de Estado deve mostrar a todos a sua verdadeira face”.
Na mesma postagem, avaliou que “Marina, ao sugerir plebiscito, sem dizer sua posição para temas tão relevantes, se esquiva e lava suas mãos no politicamente correto”. O revide do candidato do PSL recebeu atenção de vário órgãos de imprensa.

Já os comentários nas redes sociais mostram que o eleitor brasileiro está mais interessado em propostas claras que em discursos evasivos, como os que a candidata da Rede continua fazendo.

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