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PMs também vão poder registrar ocorrências de crimes do Rio


Policiais militares também vão poder fazer registros de ocorrências de crimes no Rio. A medida, inédita no estado, é uma das principais mudanças anunciadas pelo governador Wilson Witzel para a área da segurança pública. O principal objetivo é desafogar as delegacias distritais, que sofrem com déficit de agentes, e priorizar a investigação de crimes, ao diminuir a quantidade de atendimentos a vítimas e a policiais militares.

Segundo o Plano de Diretrizes Prioritárias entregue pelo governador a todos os secretários, o projeto deve começar pelo 17º BPM (Ilha do Governador). Os PMs do batalhão deverão ser capacitados para fazer os registros em até 100 dias.

A ideia é unificar os sistemas de registros de ocorrências da PM (BOPM) e da Polícia Civil. Assim, os policiais militares vão usar um tablet para fazer os registros, que serão imediatamente enviados para a delegacia correspondente ao local do fato. O registro, entretanto, ainda precisará de um aval do delegado responsável pela unidade para entrar no sistema da Polícia Civil.

Para que a medida seja implementada em todo o estado, a PM vai precisar comprar mais tablets para registros de ocorrência online. Atualmente, só o 2º BPM (Botafogo) usa a tecnologia. Também é cogitada a compra de computadores para serem colocados dentro de viaturas.

Ainda está em fase de estudos os tipos de crimes que poderão ser registrados por PMs.

Termos circunstanciados, feitos em casos de crimes de menor potencial ofensivo, com penas de até dois anos de prisão, estão dentro do conjunto de registros que vão poderão ser feitos pelos militares. Nesses casos, vítima e autor vão ser ouvidos pelo próprio PM e liberados em seguida.

 Casos em que a vítima procura o policial logo após o fato, como roubos a pedestres, também não precisarão ser encaminhados a delegacias. Só crimes mais graves, como homicídios ou sequestros, ou casos que são atribuição de delegacias especializadas, como roubos de cargas, não poderão ser registrados por PMs. Prisões em flagrante também serão registrados só na presença de um delegado.

Com a diminuição nos atendimentos em delegacias distritais, a Polícia Civil espera poder limitar o horário de funcionamento das unidades. É cogitado, inclusive, o fechamento de algumas delegacias no período da noite


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