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A caravana de Lula atrai menos gente que circo mambembe



Se conta com o apoio do exército do Stédile e das tropas de Boulos, o ex-presidiário pode esperar sentado


Assim que escapou da cadeia, o ex-presidente Lula ordenou a seus discípulos que reprisassem no Brasil os violentos protestos que agitam o Chile. Em seguida, partiu para o Nordeste decidido a mostrar que continua liderando o campeonato nacional de popularidade. Faltou combinar com o povo. Medida pelas réguas do presidente Jânio Quadros e do senador Antônio Carlos Magalhães, dois doutores em ciência eleitoral, a excursão liderada pelo ex-presidiário foi um fiasco.

Jânio dizia que, para juntar 5 mil pessoas, bastaria sentar-se no Viaduto do Chá e ficar 5 minutos espancando uma lata. ACM considerava um fracasso qualquer comício que não atraísse ao menos dois pipoqueiros. As aparições de Lula registraram a média de mil espectadores. Com essa freguesia, era previsível que nenhum pipoqueiro fosse visto nas andanças nordestinas de Lula.


Decidido a consolidar a polarização com o presidente Jair Bolsonaro, o chefão do PT aproveitou o encontro nacional do partido para reiterar que logo o Chile será aqui. Vai reiniciar a caravana, e pretende engrossá-la com a mobilização dos chamados “movimentos sociais”. Se conta com o apoio do MST e do MTST, melhor esperar sentado. Desde o início do governo Bolsonaro, tanto o exército de João Pedro Stédile quanto as tropas de Guilherme Boulos suspenderam a ofensiva contra o direito de propriedade.


Bolsonaro prepara o envio ao Congresso de medidas concebidas para apressar o cumprimento de mandados de reintegração de posse que, expedidos pelo Judiciário, são ignorados por governadores cúmplices dos invasores de propriedades rurais. Embora bem-vinda, a providência talvez seja desnecessária. “Por falta de condições políticas”, segundo Stédile, o MST entrou em recesso há meses. O número de invasões registradas neste ano não chega a dois dígitos. Passaram de 100 durante o “abril vermelho” de 2012.

Entre 1926 e 1930, por tratar como caso de polícia o que era uma questão social, o presidente Washington Luís antecipou a chegada da senilidade à República Velha, enterrada sem honras pela Revolução de 1930. Os líderes do incipiente movimento operário apresentavam reivindicações elementares. Não mereciam cadeia. Mereciam de Washington Luís mais atenção.

Entre 2003 e 2016, por tratarem como questão social o que é um caso de polícia, Lula e Dilma retardaram a chegada à maioridade da democracia brasileira. Os chefes de bandos criminosos fantasiados de “movimentos sociais” berravam (e ainda berram) exigências tão sensatas quanto a restauração da monarquia. Não mereciam a atenção de Lula e Dilma. Mereciam cadeia.

Sempre mereceram, sugerem os prontuários das siglas que mantêm desfraldadas bandeiras arriadas pelo mundo civilizado desde a queda do Muro de Berlim. É o caso do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Nascido há 35 anos, jamais criou juízo. Criança problemática desde o primeiro vagido, virou delinquente juvenil e, adulto, tornou-se um fora da lei incurável.

As anotações na folha corrida incluem invasões de fazendas produtivas, ataques a prédios públicos, depredação de residências, destruição de lavouras, equipamentos e laboratórios, agressões físicas e outras formas de revogação do direito de propriedade. Tudo isso em nome de uma reforma agrária que não desejam e não virá.

Eles clamam por mudanças na paisagem rural por nelas enxergarem o começo da gestação do paraíso comunista. Os militantes acampados em barracas de lona preta já se teriam transformado em lavradores se tivessem genuíno interesse pela vida de agricultor e alguma intimidade com as coisas do campo.

Não têm nem uma coisa nem outra. Se tentasse manusear uma foice, o chefe João Pedro Stédile entraria para a História como o primeiro revolucionário a decepar a própria cabeça. Se resolvesse acompanhar o general com uma enxada, qualquer subordinado se arriscaria a amputar o pé. É natural que todos prefiram estudar marxismo ou rezar ajoelhados sob o pôster de Guevara.

Enquanto o governo do PT garantiu comida e impunidade, o MST lutou sem sobressaltos pelo extermínio do estado democrático de direito. Com o sumiço da mesada federal, foram-se a insolência mascarada de ousadia e a discurseira beligerante. O “exército do Stédile” só continua existindo na cabeça de Lula e no falatório amalucado de Dilma. Antes que houvesse uma batalha real, o general de galinheiro optou pela rendição desonrosa.

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