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ESTÃO PRETENDENDO DESTRUIR A FAUNA NORDESTINA!

 
    Em  acordo  assinado entre a China e o RN, a exportação do jumento, o popular "jegue", é um dos interesses almejados pelo mercado asiático, que já importa os animais da Índia e da Zâmbia. O protocolo tenciona fazer com que o RN e outros estados nordestinos exportem cerca de 300 mil jegues por ano para o gigante asiático.
    O animal tem se tornado assunto em todo o Brasil. Tudo devido a um protocolo de intenções assinado entre a China e o Rio Grande do Norte, para exportação do animal para o país asiático. Com a popularização das motocicletas, os animais que antes serviam de transporte e de instrumento de trabalho, agora passarão a servir como prato chinês.
     O homem da cidade grande, que não conhece de perto um jumento, não sabe que ele representa um operário devotado e amigo fiel do seu dono. Trabalha todos os dias, o dia todo, e não reclama. Não se queixa do sol e nem da chuva. Na seca, come o que encontra pela frente, suporta a sede com a resistência de um camelo. Para Luis Gonzaga, o jumento é “um animal sagrado”. Em um de seus eloquentes baiões, mestre Lua, filho de Januário lembra a cruz que o jumento traz impressa no seu dorso. Disse ele, procurando dar maior importância ao animal, referindo-se à lenda de evangelhos apócrifos, que “ali é o local onde o menino Jesus fez um pipizinho”.
    Com a luneta financeira em punho e de olho no novo mercado a secretaria de Agricultura do Estado, vê como solução para tirar os animais da rua, levá-los ao sacrifício.
    O poeta cearense Patativa do Assaré homenageou o jegue com estes lindos versos, que tirei do longo poema intitulado Meu caro jumento:
“Basta a gente imaginá
Que de todos os animá
Que esta grande terra cria
E tem nome na história,
Só você teve a gulóra
De carregar o Missia.”
E no mesmo poema:
“Acho sê um desaforo,
Um crime, um grande pecado,
Um sacrilejo. um capricho,
Botá cangaia no bicho
Que Jesus andou montado.”
O jumento, nosso bom amigo, merece respeito e uma aposentadoria digna….
Tanto político burro por aí e eles querem sacrificar o jumento.
 



     O blog comenta:


     Entendemos ser um crime ambiental o que se está pretendendo. Retirar da fauna nordestina uma espécie de animal que se tornou tradição cultural de um povo. Animal esse emblemático, que se tornou amigo e companheiro do sertanejo. É difícil dissociar da figura do nordeste, o sertanejo e seu animal de estimação, que lhe auxilia no trabalho diário.
É claro que muitos acidentes de trânsito ocorreram, envolvendo esta espécie de animal de carga, mas não se pode atribuir a culpa ao animal em si, ser irracional, os donos do mesmo e os motoristas imprudentes é que são responsáveis, tanto é assim que a Lei atribui a culpa, em caso de acidentes aos donos dos animais de grande porte, que lhes deixam soltos, às margens das estradas
A solução de exportar para extinguir, ao que parece, soa como algo desumano, que vai contra a cultura popular e ao imaginário coletivo de um povo.

Um comentário

Anônimo disse...

Homi, dizem que orelha de burro dentro de fava é bom demais...