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34 escapam de Alcaçuz e governo do RN não descarta novas fugas

“Nada está tão ruim que não possa piorar”. Esse famoso ditado se encaixa bem no atual momento do sistema de segurança do Rio Grande do Norte. Depois das rebeliões no mês de março que resultaram em uma onda de destruição em 16 unidades prisionais do Estado e da fuga de 32 detentos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, nesta quarta (22) mais apenados conseguiram escapar de Alcaçuz. O titular da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), Edilson França, já adiantou que “não é de se esperar outras coisa, se não notícias de fugas de presídios do RN”.
 
Segundo Edilson, o fato de os detentos estarem “soltos” dentro das unidades prisionais é um fator que tem dificultado o trabalho das equipes de segurança. “Não temos mais o que fazer. O que está dentro das possibilidades do Governo, nós estamos fazendo. O problema é que os detentos estão soltos nos pavilhões. Aquelas celas que eles ficavam dentro, não existem mais, foram todas destruídas. São quase 200 detentos por pavilhão tentando escapar todos os dias, cavando túneis todos os dias. O que podemos fazer é tentar evitar que eles escapem e nós estamos tentando”.
 
O titular da Sejuc explicou que a Força Nacional, Grupo de Escoltas Penitenciárias Estaduais (GEPE) e a Polícia Militar têm feito operações todas as semanas nos presídios, principalmente em Alcaçuz. “Fazemos essas operações umas duas ou três vezes por semana. Gostaríamos muito que fosse possível entrar em Alcaçuz todos os dias, para realizar revistas. Mas não é simples assim. É uma operação que tem que ter um grande número de agentes da segurança pública, não é só chegar e entrar”.
 
O túnel foi descoberto no início da manhã por agentes penitenciários. Ele estava localizado no Pavilhão 2 da unidade, pouco mais de 20 metros distante do túnel utilizado para a fuga que aconteceu no início do mês, quando 32 detentos já tinham conseguido fugir. A diretora de Alcaçuz, Dinorá Simas, informou que tinham 159 apenados dentro do Pavilhão 2, inclusive supostos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Simas atribui a fuga que aconteceu nesta madrugada como uma falha no sistema de segurança, promovido pela Força Nacional. Além disso, ela alegou que já solicitou várias vezes à Coordenação Penitenciária (COAPE) o retorno da revista diária, o que evitaria que presos fugissem do presídio.

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