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Ação pede para anular psicotestes

Candidatos apresentaram recursos administrativos que serão avaliados pela comissão do concursoCandidatos apresentaram recursos administrativos que serão avaliados pela comissão do concurso
Os candidatos aprovados em concurso da Polícia Militar , em lista de suplência, que foram considerados inaptos nos exames médico e psicológico entraram com ação coletiva na Justiça Estadual durante a manhã de ontem (14). O principal pleito é a anulação dos psicotestes como parte integrante do concurso, já que 499 – dos 517 candidatos  reprovados – foram declarados inaptos nesta fase. A informação é do presidente da Associação dos Praças da PM (Aspra/RN), Eduardo Canuto de Oliveira. De acordo com ele, no entanto, o processo ainda não foi despachado. A expectativa é que até a próxima sexta-feira (17) já exista um posicionamento sobre a análise do caso. Na hipótese de resposta negativa, a Aspra/RN não descarta um novo pedido judicial.
Além da ação coletiva, os reprovados no psicoteste também apresentaram recursos administrativos à Comissão da Saúde da Polícia Militar, responsável por esta fase do processo seletivo. O presidente da Aspra/RN não soube informar a quantidade de procedimentos entregues, mas, acredita na quase totalidade dos 547 inaptos. “Estive na Diretoria de Pessoal da PM e calculo que mais de 90% dos candidatos entraram com o procedimento. São duas pilhas de documentos”, comentou Eduardo Canuto. A reportagem da TRIBUNA DO NORTE também procurou o tenente-coronel Silvério Monte, da Junta Médica da PM, para questionar o assunto. Conforme o militar, os casos vão ser analisados pela Comissão, mas, somente os que tiverem fatos novos serão rediscutidos. O prazo para a conclusão desta análise não foi divulgado. 

No caso da ação judicial, segundo o presidente da Aspra/RN, as reprovações por outros motivos, como problemas ortopédicos, por exemplo, não foram questionadas. “Tivemos o cuidado de não pedir a anulação da etapa, apenas os resultados do exame psicológico. Se não, voltaríamos a estaca zero, que não é nossa intenção”, afirmou Eduardo Canuto. Nesta fase do certame, os candidatos fizeram avaliação clínica, ortopédica, oftalmológica, laboratorial, odontológica, psiquiatrica e psicológica. Dos 824 suplentes, 707 fizeram os exames médicos.

A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, no último 9 de abril, recomendou que o Comando da Polícia Militar do RN anulasse os psicotestes aplicados aos suplentes do concurso. Na ocasião, o deputado Albert Dickson (PROS), membro da comissão, disse que a terceira etapa do certame “é passível de anulação”, porque o edital “era uma pegadinha” para os candidatos, pois, não constava nele, que tivesse a necessidade  de avaliações por um psicólogo. No entanto, até o momento, a PM não sinalizou nenhuma medida neste sentido. 

Memória
O concurso para aumentar o número de Praças da Polícia Militar no Estado ocorreu em 2005 e o prazo de validade terminou em 10 de janeiro de 2011. No entanto, após decisão do juíz Cícero Martins, da 3ª Vara da Fazenda Pública de Natal, atendendo o pedido feito pela Aspra/RN. Os 824 candidatos solicitados equivalem a aproximadamente 15% do déficit existente na PM, que possui cerca de 4.800 homens. Pela Lei de Fixação do Efetivo, a necessidade seria 13.500 policiais. Em dezembro de 2014, entre os dias 9 e 23, os exames de saúde foram realizados, mas, os resultados foram divulgados apenas no último dia 8 de abril, em publicação no Diário Oficial do Estado (DOE), com 707 submetidos e 117 faltosos. Dos que realizaram os testes, 547 acabaram reprovados e apenas 160 foram considerados aptos.

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