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Milicianos pró-Lula acampados em Curitiba estão defecando na rua e infernizando a vida dos moradores


“A gente tem que dar satisfação para poder entrar em nossas próprias casas. Estamos presos e desesperados mesmo, sem saber o que fazer”, desabafou Silmara Gomes Oliveira, 50 anos, nesta terça-feira (10). A mulher, que mora há 48 anos na Rua Guilherme Mater, no Santa Cândida, reclama da presença dos manifestantes contrários à prisão do ex-presidente Lula, que estão acampados no entorno da Polícia Federal (PF).

Assim como Silmara, os moradores das ruas que foram ocupadas estão na bronca com a presença dos militantes. Desde domingo (8), os organizadores do Movimento Sem Terra (MST) afirmam que vários ônibus chegaram e aproximadamente mil pessoas já estão nos arredores, todas acampadas.

Além das barracas, que foram colocadas no meio da rua e também nos gramados das casas, há um grande movimento de pessoas circulando, carros de som, vendedores e também os ônibus parados. “Sem contar o cheiro ruim. A gente já até começou a sofrer com infestação de ratos dentro de casa, coisa que nunca teve”, desabafou Bárbara Weingartner, de 21, que nasceu no bairro.

Bárbara contou que as pessoas estão fazendo as necessidades na rua, na frente de casa, sem pudor algum. “A situação está caótica. Barulho alto o tempo todo, violão, tambor, algazarra. Não podemos receber gente em casa, receber encomenda. Está impossível, você tem medo de entrar em casa, eles estão sempre nos encarando”, disse.
Os moradores contaram à Tribuna do Paraná que não têm conseguido entrar ou sair de casa com tranquilidade. “A gente tem que pedir pra entrar em casa, já viu isso? Sem contar a baderna de madrugada, a bagunça que se formou na rua e a nossa paz, que simplesmente acabou”, comentou Vivian Comin, 41 anos, que trabalha numa seguradora no mesmo terreno da casa do avô, que tem 90 anos e vive ali há mais de 50.”

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