Condenado a 39 anos de prisão pela morte do menino João Hélio ganha benefício para cumprir pena em casa
Um dos cinco homens condenados pela morte do menino João Hélio, arrastado por sete quilômetros por ruas da Zona Norte do Rio, em 2007, deixou o Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho, localizado no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, nesta quinta-feira. Carlos Roberto da Silva, conhecido como Carlinhos sem pescoço, ganhou direito a cumprir pena em casa em Prisão Albergue Domiciliar (PAD). Condenado a uma pena de 39 anos de prisão em 2008, ele será monitorado por tornozeleira eletrônica.
A Justiça concedeu a Carlos Roberto progressão para o regime aberto, que é cumprido em Casas de Albergado. Como a cidade do Rio só possui uma unidade do tipo, foi permitido que o preso continue a cumprir a pena em casa. Carlinhos sem pescoço estava preso há dez anos e seis meses. Ele foi capturado dias após o crime.
Carlos Roberto foi liberado nessa quinta-feira ainda sem tornozeleira eletrônica. Ele terá cinco dias para comparecer a dois endereços da Secretaria de Administração Penitenciária para colocar o aparelho. Caso não apareça para colocar o monitoramento, Carlos poderá ter o benefício revogado.
De acordo com sentença da Vara de Execuções Penais (VEP) do Rio, Carlos deve permanecer em casa das 22h às 6h. Nos fins de semana e feriados, ele não poderá sair de sua residência. A sentença impõe ainda outras restrição. Carlos não pode deixar o estado sem autorização judicial e qualquer mudança de endereço dentro do Rio deve ser comunicada imediatamente à Seap.
O crime aconteceu no dia 7 de fevereiro de 2007. Rosa Cristina, mãe de João Hélio, de 6 anos, voltava para casa com o menino e a outra filha, Aline de 14. Ela parou em um sinal de trânsito na Rua João Vicente, no bairro de Oswaldo Cruz, Zona Norte do Rio, quando foi abordada por homens armados, entre eles Carlos Roberto. Os criminosos determinaram que eles saíssem do carro.
Rosa e Aline, que estavam nos bancos da frente, conseguiram sair. Quando Rosa foi tirar o menino, que estava preso ao cinto de segurança no banco de trás do veículo, um dos criminosos bateu a porta e arrancou com o carro. João Hélio ficou preso do lado de fora do carro e foi arrastado por sete quilômetros, ao longo de quatro bairros da Zona Norte.
Um dos envolvidos no crime era um menor que chegou a ser apreendido, mas foi colocado em liberdade em 2011.
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