EUA acusa Maduro de apoiar grupos rebeldes colombianos
O representante especial dos Estados Unidos para a crise venezuelana, Elliott Abrams, declarou nesta quinta-feira que grupos rebeldes na Colômbia, como a guerrilha do ELN e dissidentes da extinta Farc, operam na Venezuela com o apoio do governo de Nicolás Maduro, o que é motivo de “grande preocupação” para Washington.
Abrams assinalou que as ações destes grupos guerrilheiros, “profundamente envolvidos com o tráfico de drogas”, afetam não apenas a segurança da região, mas também a segurança dos Estados Unidos, e ameaçam ampliar o fluxo de emigrantes venezuelanos para os países sul-americanos.
“Tivemos conversações durante todo o ano com o governo da Colômbia porque há uma importante dissidência das Farc e, especialmente, presença do ELN na Venezuela que não é enfrentada pelo regime; e sim conta com a ajuda do regime, com a cooperação do regime”, disse Abrams aos jornalistas.
Iván Márquez, ex-número dois da guerrilha das Farc, dissolvida após o acordo de paz de 2016, anunciou em um vídeo divulgado nesta quinta-feira que retornou às armas, junto a outros líderes rebeldes, entre eles Jesús Santrich, acusado pelos Estados Unidos de tráfico de cocaína após firmar o acordo com o governo colombiano.
Santrich é procurado pela Justiça colombiana e está foragido.
Maduro declarou no final de julho que Márquez e Santrich são “bem-vindos à Venezuela”.
No vídeo, Márquez afirma que o novo grupo armado buscará coordenar “esforços” com o Exército de Libertação Nacional (ELN), na luta armada desde os anos 60.
Abrams disse não ter visto o vídeo, mas avaliou que “isto com certeza” afeta a segurança na Venezuela e na Colômbia.
É uma grande preocupação e parte desta preocupação é, mais uma vez, que o regime em Caracas parece estar fomentando este tipo de atividade, essencialmente entregando partes do país, particularmente ao ELN”.
– Saída sem castigo –
Abrams destacou ainda que os Estados Unidos não têm a intenção de “castigar” Maduro caso aceite abandonar o poder, insinuando que o líder venezuelano não seria processado pela justiça americana, como ocorreu em casos precedentes de corrupção ou violação dos direitos humanos.
“Não estamos tratando de perseguir. Não buscamos castigo ou vingança; buscamos uma mudança política”.
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