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"Política é como Nuvem", diz Bernardo! PARTE - 2

Na entrevista do ex-prefeito Junior Bernardo, aos apresentadores Wandinho Amaral e Josivan Afonso, o assunto mais discutido foi a questão de alianças, uniões de políticos num mesmo palanque e o inverso disso, que seriam os rompimentos políticos. 
Na questão específica de Riachuelo o ex-prefeito disse achar improvável um retorno ao status quo ante com a prefeita Mara, dada a conjuntura atual.
Preferiu sair pela tangente, quando indagado sobre a realidade de sua aliança com o prefeito Marcílio, informando que "Marcílio está no grupo dele, cuidando da política dele, o seu apoio provável ao deputado Waltinho; enquanto nós, cada um tem seus candidatos ao legislativo estadual; o que ocorre em Riachuelo é uma salada", referindo-se à grande quantidade de opções que os eleitores terão nas eleições deste ano.
Mas frisou que em política tudo pode acontecer. Segundo seu modo de ver, "Política é como uma nuvem", frase que destaca a transitoriedade das espessas nuvens, de prenúncio de chuvas, tempestades ou de anúncio de um tempo seco (quando o céu fica limpo de nuvens).
Deixou os internautas apreensivos, pois qual seria o significado verdadeiro desta afirmação? Nuvens são passageiras e nos ensinam os ambientalistas que nuvens são gases, que ganham formas, são águas evaporadas, que nós vemos mas não podemos tocar, pois não são sensíveis ao tato .
Parece que o sentido que o ex-prefeito quis transparecer foi o da mudança, pois disse que em política, tudo é possível, nada é eterno, definitivo. De repente se tem uma posição determinada, um pensamento elaborado aqui, mas cinco minutos depois, mudam-se posições, ideias, pensamentos são reelaborados.
Ao se julgar este posicionamento, fica a pergunta, pode um eleitor saber separar o joio do trigo?  Partidos não alçam bandeiras de determinadas ideologias que deveriam ser perenes, constantes?
Alguém já disse que no Brasil não existe ideologia partidária, pois os políticos brasileiros nem sabem o que significa isso (!). 
Parece que o pensamento de Gilberto Dimenstein, jornalista famoso da Folha de São Paulo, que resumiu o seu pensar sobre política (brasileira) num título do seu mais famoso livro: "Cidadania de Papel". 
Parafraseando Gilberto, tentando resumir num modo mais popular a famosa frase do ex-prefeito, tudo se resume nesta máxima: "As aparências enganam" (!).
TEXTO: ANTÔNIO CARLOS

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