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ATENÇÃO SERGIO MORO: Desvio de dinheiro público na pandemia pode chegar a 5 ou 6 vezes mais do que propinas da Copa de 2014



A pandemia causada pelo novo coronavírus abriu um leque de “oportunidades” para gestores corruptos em todo o país. A dispensa da necessidade de licitação proporcionada por decretos de calamidade sem fundamento possibilitaram contratações de empresas “amigas” a preços superfaturados.
No rio de janeiro, o governador Wilson Witzel pode estar no centro de um escândalo sem precedentes. Após a ocultação de contrato de quase R$ 1 bilhão feito pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, com a Organização de Saúde Iabas – organização esta que foi proibida de contratar com a Prefeitura do Rio por envolvimento em irregularidade – para gerenciar os hospitais de campanha do Estado do Rio, agora surgem denúncias de fraude no processo de licitação que deu vitória  a esta empresa.
Conforme denunciado pelo deputado estadual Anderson Moraes, só a jardinagem dos hospitais de campanha contratados pelo Governo do Rio custariam R$ 600.000,00 reais. Um absurdo
Especialistas no combate a crimes financeiros estimam que a quantia de dinheiro público desviada no contesto da pandemia pode chegar a 5 ou 6 vezes mais do que a média desviada na construção das arenas da Compra do Mundo de 2014 no Brasil.
No passado, a operação Lava Jato chegou às arenas construídas ou reformadas para a Copa do Mundo de 2014. Delações de ex-executivos das construtoras Odebrecht, divulgadas recentemente, e da Andrade Gutierrez citam nove dos 12 estádios utilizados como “palco” de crimes como cartel, pagamento de propinas e também caixa 2.
Apenas os particulares Beira-Rio, em Porto Alegre, e Arena da Baixada, em Curitiba, se “salvaram”. A Arena Pantanal, em Cuiabá, não foi mencionada nestas delações, mas também já foi alvo de denúncias. O Maracanã é apontado como campeão em propina.
No total, a corrupção rendeu aos acusados pelo menos R$120,9 milhões. O cálculo é bastante conservador. Foi feito com base em quantias e porcentagens citadas em depoimentos – várias menções não vieram seguidas de cifras.
O valor pode ser até considerado pequeno diante dos R$ 8,3 bilhões que custaram as arenas de acordo com a versão final da Matriz de Responsabilidades e, principalmente, do oceano de dinheiro desviado em outras ações ilegais desvendadas pela Lava Jato.
Nos próximos anos saberemos o tamanho do rombo e o valor embolsado por gestores corruptos e ficaremos mais uma vez estarrecidos.
Isso só confirma que corruptos e corruptores não perdem uma oportunidade, mesmo que vidas estejam em risco.

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