ALÔ, ALÔ MINISTRO SERGIO MORO: Jovem de 28 anos enterrado às pressas no interior de Alagoas, ele não estava com Covid-19
Um homem de 28 anos, enterrado em Quebrangulo na última terça-feira (21), testou negativo para o coronavírus. A informação foi divulgada pela família na tarde desta quinta-feira (23) e pelo hospital Santa Rita, na qual ele estava internado, em Palmeira dos Índios.
“Não tivemos direito a nada, ninguém queria chegar perto do caixão”, relatou a esposa que está no sétimo mês de gestação.
Apesar de ter sido notificado como morte suspeita para covid-19 depois do óbito em 21 de abril, o resultado testou negativo.
A mulher relatou que Douglas Alves da Silva deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e nas duas últimas entradas foi relatado cefaleia intensa, foi medicado e não apresentou alterações nos exames laboratoriais e físico. Na última entrada na UPA, no dia 20 de abril, o paciente relatou cefaleia intensa e foi encaminhado à emergência do HRSR, Na emergência do Hospital, a família pagou a consulta e o paciente foi recebido com dores no peito sem irradiação, dispneia e febre, o que o levou a ser internado na UTI.
O paciente passou a apresentar dificuldade respiratória intensa, com diminuição da saturação (oxigenação), evoluiu com piora do quadro vindo a ser entubado e evoluiu a óbito. Devido aos sintomas respiratórios, o médico intensivista comunicou à SMS sobre o caso e a equipe foi orientada a colher material para testagem para a Covid-19.
A notificação de caso suspeito atende determinação do Ministério da Saúde, já que os sintomas apresentados pelo paciente eram semelhantes aos de coronavírus.
A regra adotada durante a pandemia estabelece velórios com duração máxima de duas horas e com limite de pessoas no recinto para evitar aglomerações. Em caso de morte por suspeita ou confirmado por coronavírus, o caixão deve ser lacrado.
A esposa da vítima relatou ainda que o resultado foi um alívio para a família, já que o caixão foi carregado por amigo, já que coveiros se negaram a prestar o serviço para evitar contágio e familiares acompanharam à distância o sepultamento. Douglas Alves era morador de Quebrangulo e, por precaução, foi enterrado no cemitério da cidade em caixão lacrado, sem direito a velório no mesmo dia. “Foi muito revoltante ouvir os coveiros dizendo que iam apenas cavar o túmulo, mas que não iriam sepultar. Que deixássemos o caixão la no portão”, finalizou.
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