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Pesquisadores identificam gene que reduz em 50% o risco de infarto

Pela primeira vez pesquisadores vão ter dados completos sobre o infarto do miocárdio (ataque cardíaco) no Brasil
Uma pesquisa internacional identificou pela primeira vez um gene que, se for desativado, reduz em 50% o risco de infarto, o que abre as portas ao desenvolvimento de novos fármacos. Na pesquisa, liderada pelo consórcio internacional The Myocardial Infarction Genetics (MIGen), participaram 110 mil pacientes de diferentes países, nos quais foram identificadas pela primeira vez 15 mutações do gene NPC 1L1.
Os pesquisadores descobriram que a presença de qualquer destas mutações está associada a uma redução dos níveis de colesterol LDL, também conhecido como colesterol ruim, além de proteger contra o risco de sofrer um infarto agudo do miocárdio. Os resultados do estudo, que foram publicados na revista The New England Journal of Medicine, indicam que o gene NPC1L1 fabrica uma proteína de mesmo nome que se encarrega de absorver, no intestino, o colesterol que vem com os alimentos que ingerimos.
Segundo explicou Roberto Elosua, do Grupo de Pesquisa em epidemiologia e genética cardiovascular de um hospital de Barcelona, “o trabalho consistiu em buscar mutações que inativaram este gene, ou seja, que a proteína fabricada não seja ativada e portanto, seja absorvido menos colesterol no intestino, diminuindo o colesterol LDL que circula pelo sangue”. No estudo, os cientistas analisaram este gene em 21 mil pessoas (14 mil delas não tinham sofrido infarto e sete mil sim) e foram identificadas as 15 mutações mencionadas. Posteriormente, foram analisadas sua presença em cerca de 90 mil pessoas mais. Estas mutações genéticas são pouco frequentes, e ocorrem em uma a cada 650 pessoas e de forma natural.

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