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Petição contra privilégios de ministros do STF tem 800 mil assinaturas



Em uma única viagem à Rússia, em maio do ano passado, o ministro Dias Toffoli gastou R$ 48.287,62 em passagens aéreas e R$ 26.462,80 em diárias. Os dados, publicados na aba Transparência no site do STF (Supremo Tribunal Federal), mostram que ministros, servidores, magistrados, juízes e assessores gastaram R$ 735.303,84 em passagens aéreas nos seis primeiros meses deste ano, além de R$ 1,1 milhão em diárias — totais que são, respectivamente, 64% e 41% maiores que a despesa utilizada para os mesmos fins entre janeiro e junho do ano passado.

É contra a destinação do dinheiro público para atender demandas supérfluas e luxuosas, desnecessárias ao pleno exercício da função que o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento, Justiça e Equidade (BRIDJE) criou um abaixo-assinado pedindo fim do privilégio de passagens aéreas de primeira classe concedido aos ministros do STF. A petição online, aberta há sete meses na plataforma Change.org, acumula até o momento 800 mil assinaturas.

“Nós vimos que esse problema precisava ser resolvido. E o cidadão pode resolver os problemas públicos de duas maneiras: politicamente, com pressão popular, ou por meio do Judiciário, pedindo a aplicação das normas constitucionais.

A pretensão do BRIDJE sempre foi atuar no meio jurídico, mas é fácil perceber que, quando a fonte do problema é o próprio Judiciário, surge um entrave. Neste caso específico, é preciso fazer barulho, mostrar o clamor popular”, conta a presidente do BRIDJE, Maria Victoria Ferraz, sobre a motivação do instituto para lançar a campanha.

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