Larissa Rosado diz que pacote fiscal não pode ser votado “a toque de caixa”
Entre os quatro parlamentares que votaram contra a convocação extraordinária para votar o pacote de medidas fiscais encaminhado pelo Executivo para a Assembleia Legislativa, a deputada estadual Larissa Rosado (PSB) afirmou nesta quinta-feira, 11, que seu posicionamento foi motivado pelo fato de que há algumas mensagens que precisam ser mais “aprofundadas”. A convocação não faria sentido, segundo a deputada, porque o recesso legislativo se encerra no início de fevereiro.
“Algumas medidas têm de ser mais discutidas, e não votadas a toque de caixa. Até considero que, mesmo tendo a convocação, houve uma vitória quando o Colegiado de Líderes garantiu a tramitação das matérias”, disse a parlamentar, citando o fato de que, antes de serem encaminhados ao plenário, os projetos irão ser analisados em comissões temáticas.
Alguns deputados defenderam a aplicação de regime de urgência para o pacote, o que dispensaria a tramitação em comissões e possibilitaria a votação das medidas já na primeira sessão extraordinária. “Essa era a nossa preocupação: passar no Colegiado de Líderes e ser votado hoje. A gente não teve acesso a todas as matérias. Eu preciso lê-las. Embora a gente tenha tido reunião com o governador, nada foi aprofundado, até pela quantidade de matérias”, pontuou a deputada.
Mesmo assim, a parlamentar anunciou que já decidiu que votará contra algumas entre as quais ela tomou conhecimento. Uma delas é o projeto que modifica a alíquota de contribuição previdenciária dos servidores de 11% para 14%. “Sou contra a suspensão de direitos”.
Quanto aos protestos realizados nas proximidades da Assembleia Legislativa durante, Larissa disse ver as manifestações com naturalidade. “É natural que os servidores protestem. Os servidores estavam ali para serem ouvidos”, concluiu.
Dezessete deputados comparecem à primeira sessão extraordinária desta quinta-feira. 13 votaram a favor da convocação e quatro foram contrários. Além de Larissa, votaram contrariamente à abertura dos trabalhos os deputados Carlos Augusto Maia (PSD), Fernando Mineiro (PT) e Márcia Maia (PSDB).
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