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Ministra defende abstinência sexual contra gravidez precoce; ‘100% eficaz'

Ministra defende abstinência sexual contra gravidez precoce;  ‘100% eficaz'

O governo do presidenteJair Bolsonaro incluiu uma nova frente nas políticas adotadas para prevenção da gravidez precoce e sexo seguro entre adolescentes: a abstinência sexual. Os ministérios da Mulher, Família e Direitos Humanos (MDH) e da Saúde elaboraram políticas para estimular jovens a deixarem de fazer sexo, uma iniciativa considerada controversa e ineficaz por estudiosos do assunto.

O MDH, liderado pela ministra Damares Alves, passou a preparar eventos públicos para promover a abstinência sexual, sob o pretexto de discutir iniciativas voltadas à prevenção da gravidez na adolescência. Em um evento sobre gravidez precoce realizado em dezembro em um auditório da Câmara dos Deputados, a pasta convidou apenas defensores da abstinência sexual. O público era essencialmente religioso.

O ministério afirmou que usou como referência “estudos científicos e a normalização da espera como alternativa para iniciação da vida sexual em idade apropriada, considerando as vantagens psicológicas, emocionais, físicas, sociais e econômicas envolvidas, sem que isso implique em críticas aos demais métodos de prevenção”.

Na entrada do auditório, dois cartazes criticavam o uso da camisinha como método de prevenção e afirmavam — sem qualquer respaldo científico — que poros no preservativo permitem a passagem do vírus HIV. Os responsáveis pelo evento negaram ter qualquer responsabilidade sobre os cartazes ou endossar o conteúdo ali expresso. Um padre recolheu o material ao fim do evento.


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