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Para Lula, blocão do PMDB ‘não aconteceu’ e deu um freio em Henrique



Em entrevista realizada na saída do Palácio do Planalto, o presidente Lula menosprezou há pouco a manobra feita pelo PMDB que anunciou a criação do “blocão” para conseguir obter maioria na Câmara.
“Primeiro que não aconteceu. Parecia que ia acontecer, mas não aconteceu”, disse Lula (na foto com Temer e Henrique) para em seguida emendar:
“A política é como um leito de um rio se a gente não for um desmancha ambiente, se a gente deixa a água correr tranquilamente, tudo vai se colocando de acordo com que é mais importante. Se as pessoas tentam de forma conturbada mexer na política pode não ser muito bom”.
No mesmo horário da entrevista de Lula, o presidente do PMDB e vice-presidente eleito, Michel Temer (SP), se reunia com o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Também participou do encontro, o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN). Na saída, Vaccarezza afirmou que o PT e o PMDB são partidos da base e que devem seguir juntos.
Apesar das declarações, não há, até o momento, um pedido formal para que o PT faça parte do “blocão”.
Henrique Eduardo Alves também tentou botar panos quentes no impasse criado com a criação do blocão, mas deixou o recado de que o ideal é que ninguém se meta na seara do outro.
“Daqui a pouco estamos brigando entre nós. A pior coisa para Dilma é começar com essa divisão, que pode criar ressentimentos e seqüelas. Então vamos nos respeitar e fazer um pacto de não agressão em que ninguém se mete na seara do outro”, ressaltou Alves.
Tanto Alves quando Vaccarezza são postulantes à presidência da Câmara.
O blocão foi anunciado ontem (16) por Alves e deverá ser composto com PR, PP, PTB e PSC. Juntos os cinco partidos formam uma bancada com 202 deputados, a maior da Câmara.

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