Últimas notícias

João Maia diz que o PR não terá bloco de oposição na Assembleia, fala sobre sucessão em Caicó e da sua relação com Vivaldo Costa




Durante a inauguração da Câmara de Jardim de Piranhas, ontem (26), o deputado federal João Maia concedeu a seguinte entrevista aos meios de comunicação da região.

O ministro Garibaldi demonstrou uma boa relação entre PR e PMDB. Essa afinidade deve ser refletir nas eleições municipais de 2012?
O PR está organizando uma série de encontros, porque a eleição municipal é um fato muito local. Fico comovido com o agradecimento dele ao PR, por ter apoiado a sua reeleição, mas a decisão para eleição de 2012 será sempre local. Nós vamos ter uns candidatos próprios, em outros locais vamos nos aliar ao PMDB, ao DEM ou ao PSB.  A gente tem que respeitar as particularidades de cada município, sem tentar colocar uma decisão estadual de cima para baixo.
O senhor já começou a discutir a situação política de Caicó? Já houve conversa com o prefeito Bibi, com o deputado Vivaldo Costa?

Hoje eu tive uma conversa muito boa, porque eu falei com Vivaldo que queria que Bibi conduzisse o processo junto conosco o projeto de continuidade do nosso sistema político em Caicó. E, hoje, eu conversei com Bibi e nós estabelecemos que sem candidato não ganharemos. Precisamos definir um perfil. E decidimos que até o final de maio nós teremos essa decisão.
Em Natal o PR pretende lançar candidato, já que o senhor rompeu politicamente com a prefeita Micarla de Sousa?
Natal é uma discussão muito importante, a única coisa que nós sabemos de Natal é que com Micarla nós não vamos. Nós discutiremos a candidatura de Carlos Eduardo, um candidato do PMDB ou até a possibilidade de que, com o crescimento do partido, a gente sair com candidatura própria.

Com relação à Assembleia Legislativa, o PR pensa em formar um bloco de oposição ao governo de Rosalba Ciarlini, mas encontra dificuldade na relação do deputado Vivaldo Costa que é aliado de Rosalba. Como fica a situação do PR?
Nós tivemos uma posição muito franca de Vivaldo, que apoiou Rosalba. Se ele apoiou na campanha, não faz sentido que agora vire oposição. Nós temos num impasse imenso, inclusive nós fomos procurados por outros líderes dizendo “nós respeitamos a decisão de vocês, mas vamos formar um bloco para gente ficar forte”. Mas eu não gosto dessa dubiedade, você é, mas não é. Eu vou tomar uma decisão com George (Soares), mas acho que não vamos mais formar bloco nenhum.

O PR não fará oposição ao governo?

Nós temos dois deputados estaduais. Um faz oposição ao governo e outro é a favor. Como é que faz?
Toda essa polêmica surgiu da decisão do deputado Vivaldo Costa de apoiar a governadora Rosalba Ciarlini. Como fica relação entre João Maia e Vivaldo Costa?
Eu tenho uma relação muito boa com Vivaldo, porque nós somos muito francos. Quando Vivaldo decidiu apoiar Rosalba, eu disse que era ruim para mim, para o partido e para ele. Eu errei na última. Foi uma conversa franca, sem combinação e nós discutimos muito francamente. Eu tenho uma agenda do partido e vou considerar as cidades onde o partido precisa ser reorganizado e disse para Vivaldo que quero reorganizar a direção do partido em Caicó.

O PR de Caicó vai disputar a prefeitura de Caicó. O deputado Vivaldo praticamente lançou o nome de Nildson Dantas. O senhor reafirma esse interesse ou outros nomes podem surgir?
Eu não tenho nome, nem tenho veto a nenhum nome. Mas a decisão não é de Vivaldo. A decisão é de Vivaldo, de João Maia e Bibi. Ele tem que ser uma decisão do PR de Caicó. Vivaldo não lançará um candidato do partido, qualquer que seja, sem esse acordo com a direção do partido, para saber qual o candidato que tem viabilidade. Até o final de maio, nós teremos um candidato que julgaremos competitivo para a prefeitura de Caicó.
O deputado Vivaldo Costa pode mudar de partido?
Do jeito que está não pode. E não depende de mim. Mas se ele mudar de partido, mesmo que direção estadual concorde com isso, ninguém impede que o Ministério Público ou o suplente entre na Justiça pedindo o seu mandato. Eu não recomendaria e, com o nível de diálogo que a gente tem, não faz sentido ele mudar. É um risco muito grande que ele estaria correndo.

Nenhum comentário