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'Não vamos negociar com preso', diz secretária de Segurança do RN


"Não há possibilidade de negociação com os presos". A afirmação é da secretária de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte, Kalina Leite Gonçalves, e foi dada na noite desta segunda-feira (16) após uma nova onda de rebeliões em unidades prisionais do estado.

Secretária estadual de Segurança Pública, Kalina Leite (Foto: Divulgação/Sesed-RN)"O que o poder público tem que fazer é garantir os direitos constitucioniais. Agora, nenhuma possibilidade de negociação com preso. O preso tem uma norma a seguir, que é através do processo judicial. Ele tem que ficar encarcerado com as normas da lei de execução penal. O poder executivo não pode intervir de forma alguma. Isso é a cargo do Ministério Público e do Poder Judiciário. A progressão de pena, a avaliação do processo judicial, de forma nenhuma o estado pode transigir nessas questões. O Poder Público tem que garantir os direitos", afirmou Kalina, em entrevista à Inter TV Cabugi.
A secretária não confirma que as ordens para os ataques a ônibus estejam partindo de dentro das unidades, apesar de saber da existência de chefes de facções atuando dentro das unidades prisionais.
"Nós sabemos que dentro do sistema prisional existem chefes e a gente precisa, através do trabalho de inteligência, identificar de onde está partindo essa inquietação, essa insatisfação e essa determinação de incomodar a sociedade. O trabalho de inteligência está sendo otimizado. Estamos direcionando todo os esforços para o sistema prisional. O Ministério Público está acompanhando, a OAB e o Poder Judiciário também, e a gente tem que fazer um trabalho conjunto para colher melhores resultados", declarou.

Ataques a ônibus
Uma série de ataques a ônibus foi iniciada na tarde desta segunda-feira (16) na Grande Natal. Até o momento, a Polícia Militar do Rio Grande do Nortex registrou três ocorrências nos mesmos moldes. De acordo com a PM, criminosos ordenaram que funcionários e passageiros deixassem os veículos e atearam fogo nos ônibus. A cena se repetiu no bairro Petrópolis, na Zona Leste; no conjunto Vale Dourado, na Zona Norte; e no bairro Golandim, em São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana.

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