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INÉDITO: Índios fazem agradecimento a Bolsonaro por "abrir portas do agronegócio"



Um grupo de indígenas de diversas etnias esteve na entrada da abertura da 1ª Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial de Manaus (fesPIM), que acontece nesta quarta-feira (27) em um centro de convenções na Zona Sul da capital.

Os líderes faziam questão de ressaltar que não se tratava de protesto, mas ato de agradecimento à presença do presidente Jair Bolsonaro e de apoio ao agronegócio no país. Os Indígenas que declaram apoio a Bolsonaro não participaram da abertura da feira, agenda exclusiva para convidados.
“É para agradecer o presidente por abrir as portas para o agronegócio no Amazonas, principalmente, com o plantio de cana de açúcar e de milho. O milho é uma cultura milenar dos povos indígenas. Os povos indígenas estão muito esperançosas de que isso venha trazer dignidade para o nosso povo que deseja igualdade e inclusão", disse o cacique Jair Marinha.

"Nós, povos indígenas, queremos fazer parte desse cenário de progresso e inclusão no estado do Amazonas”, completou o líder indígena.

No início de novembro Jair Bolsonaro decidiu revogar o decreto 6.961, de 2009, que proibia plantações de cana de açucar no bioma amazônico. A decisão do governo brasileiro foi criticada pela União Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), por favorecer a produção do Brasil no comércio internacional, segundo a entidade. Ambientalistas apontam que a expansão do cultivo pode colocar a Amazônia em cenário de colapso.

Incentivo ao agronegócio

Para o líder indígena Raimundo Sobrinho Baré o apoio do governo federal no incentivo ao agronegócio irá gerar sustentabilidade para as aldeias indígenas.
“Somos favoráveis à ocupação do agronegócio sustentável nas aldeias. Defendemos o extrativismo e a agricultura familiar. Entendemos que no extrativismo temos uma cadeia imensa se perdendo na natureza com produtos que deveriam estar no mercado consumidor”, disse.
Baré ponderou que o extrativismo familiar demanda formação técnica para o desenvolvimento das comunidades.  “Acreditamos que dentro desse agronegócio vamos ter o apoio técnico para ter essa produção que irá gerar renda para as famílias e trazer para o mercado consumidor mais alimentos”, declarou.
Na avaliação do líder indígena do Alto Solimões, Robério Kambeba, a parceria das empresas Millenium BioEnergia e Nativos da Amazônia com comunidades de diversas étnicas irá representar prosperidade para o futuro dos povos indígenas. 
“Estamos no século 21 e ainda plantamos com a inchada. Essa parceria vai trazer no futuro o desenvolvimento sustentável para comunidades indígenas e uma plantação com qualidade na mesa do consumidor final”, disse.
Questionada sobre a substituição de antropólogos por engenheiros agrônomos para tratar da demarcação de terras indígenas na Funai, a indígena Alcilene Apurinã avalia que a medida, apesar de ter reacendido a polêmica sobre os direitos dos indígenas, não apresentará impactos negativos.
“Os antropólogos nunca deixarão de ser ouvidos. Hoje, a política e o movimento indígena estão buscando estreitar cada vez mais os laços de diálogo com o governo. Acredito eu não vamos ter dificuldades. O presidente agiu dessa forma por ser uma necessidade do governo em si e temos os nossos anseios particulares da comunidade indígena que vão se somar aos deles”, avalia a liderança indígena. (Com: A Crítica)
Comentário:
É a primeira vez que um presidente do Brasil é elogiado por indígenas por favorecer a expansão do agronegócio em suas terras. Bem diferente do que "pinta" a esquerda, como sempre, procurando cooptar a fala das minorias em seu próprio benefício, os índios realmente possuem o interesse de adquirir certo desenvolvimento.
A prova disso está na manifestação cada vez maior de grupos indígenas em favor do atual governo, uma vez que eles estão deixando ser se tratados como povos isolados e primitivos para serem convocados a assumir a responsabilidade pelo desenvolvimento sustentável de suas terras.

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