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Mais de 90% da bancada evangélica votou pelo impeachment


Movimentos de esquerda denunciaram que era um “golpe”, gritaram “guerra”, fecharam estradas e ameaçaram uma greve nacional. Não adiantou. Seguindo a Constituição e com acompanhamento do Supremo Tribunal Federal e ampla cobertura da imprensa, a presidente Dilma Rousseff foi afastada da presidência.
Foram 367 votos favoráveis ao impeachment e 137 contrários na Câmara dos Deputados; 55 votos a favor e 22 contra no Senado Federal. Foi um processo longo, com algumas reviravoltas, que paralisaram o país por meses, dividindo opiniões e criando muitas incertezas sobre o futuro imediato da nação. Dilma ainda terá direito a se defender e permanecerá até 180 dias afastada, quando o processo voltará para o Senado.
Em retrospectiva, é possível dizer que os parlamentares cristãos foram decisivos. A Frente Parlamentar Evangélica, composta por 92 deputados e 2 senadores, votou maciçamente pelo impedimento da presidente.
Deputados como Sóstenes Cavalcante e Marco Feliciano, além do senador Magno Malta – todos pastores- foram incansáveis em sua “luta” para que o processo seguisse adiante. Várias vezes eles denunciaram, além das questões legais que embasaram o processo, os ataques do governo petista aos valores defendidos pelos cristãos.Nos últimos anos, o Brasil viu ser aprovado o reconhecimento civil das uniões homoafetivas, a liberação do aborto em alguns casos e a doutrinação comunista e liberal sendo imposta nas escolas.
O influente pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, não possui cargo eletivo, mas usou muito de sua influência e espaço em seu programa de TV para mobilizar os evangélicos contra o governo Dilma. Por outro lado, alguns pastores, de menor expressão no cenário religioso nacional, defenderam o PT, mas suas posições não tiveram o mesmo impacto.
Entres as diversas manifestações dos últimos meses, uma delas com mais de seis milhões de brasileiros nas ruas, o sentimento de quem protestava é que o país precisava de mudança. As denúncias de corrupção que durante quase dois anos ocuparam quase diariamente espaço na mídia foram o grande “catalizador” para o sentimento de que uma mudança se fazia necessária nos rumos do país, que já contabiliza 11 milhões de desempregados e atravessa uma crise econômica.
De modo similar, diversos ministérios e até denominações inteiras se manifestaram em campanhas de oração e jejum pelo país. Para muitos evangélicos, política e religião não deveriam se misturar. Contudo, Michel Temer, presidente empossado, já sinalizou que deseja uma aproximação com a bancada evangélica e tem pedido orações por sua vida e pelo país. Ele inclusive nomeou Ronaldo Nogueira, membro da bancada evangélica, como ministro do Trabalho.
Movimento espiritual
Não é exagero dizer que todo o processo de impeachment teve uma grande carga espiritual. Recentemente, o pastor Ezequiel Teixeira, que também é deputado pelo PTN do Rio de Janeiro, afirmou:
“Há um espírito maligno infiltrado nas instituições”.
Inclusive, profetas que visitaram o país anunciaram que haveria uma intervenção divina nos rumos do país. O pastor americano Bob Hazlett esteve numa Conferência no Brasil em 2011. Afirmou que não conhecia a política brasileira, mas anunciou: “escuto o Senhor dizendo: Eu vou abalar a estrutura política dessa nação”.
Dois anos depois, a norte-americana Cindy Jacobs lançou uma palavra profética dizendo que o Senhor iria “abalar o principado da corrupção e da miséria”.
Em 2014, a profeta Stacey Campbell deu o recado ao Brasil durante um em evento Toronto, Canadá. Anunciou que tudo que ocorreria aqui seria o início de “movimentos de justiça” em todo o mundo.

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