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Henrique: “Rosalba é honesta, determinada, mas que não conseguiu passar isso para o governo”

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, refuta as interpretações segundo as quais no pronunciamento que fez à nação teria mandado um recado ao Supremo Tribunal Federal e à presidenta Dilma Rousseff ao anunciar a reforma política como uma das prioridades para 2014. “Não tive esse gesto menor. Tive a intenção e intuição de reafirmar a independência e a responsabilidade do Poder Legislativo”, assegura.
Na entrevista à Tribuna do Norte, o presidente da Câmara detalha os objetivos de decisões tomadas no Congresso e define o que considera correto no relacionamento republicano entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Ele anuncia a meta de votar a reforma política até abril de 2014. Ao responder sobre política local, afirma que o PMDB analisa a candidatura do ex-ministro Fernando Bezerra ao Governo do Estado. E destaca que o partido não terá vetos no diálogo sobre alianças.
O ano de 2014 pode ser difícil para o Estado, com a governadora enfrentando um processo de cassação, um período eleitoral, a folha de pessoal fracionada… Como o PMBD vai se situar?
Eu tenho autoridade para falar sobre isso. Apoiei à época a candidatura do governador Iberê para reeleição e o governador Garibaldi Alves, com suas razões, decidiu a apoiar a governadora Rosalba . Ele devia estar certo porque ela venceu. Como sou um democrata por excelência, eu perdi a eleição e ele ganhou, o partido não poderia ficar dividido. Eu me reintegrei à posição do ministro Garibaldi junto ao apoio político e administrativo ao governo Rosalba. Mas, liderado pelo ministro Garibaldi nós saímos do governo, em outubro. Ainda esperou-se um tempo para ver se conseguia um governo menos isolado, mais democrático. Mas não ocorreu. E não será só difícil em 2014. Será consequência de 2013. Tivemos uma seca brutal, dizimou a economia rural. Precisamos de uma gestão mais ágil, mais ativa, mais participativa, com experiência de liderança. E lamento que o governo tenha figurado em último lugar na avaliação de gestão governamental, no Ibope. Imagina o reflexo que isso gera na insegurança de quem mora e de quem investe, ou pretenda investir aqui no Estado. Além disso, consumado com o processo [na Justiça Eleitoral] envolvendo diretamente a governadora Rosalba Ciarlini em dois aspectos: inelegibilidade e cassação do poder, que neste caso foi uma medida absurda e incompreensível. Tudo isso tem repercussão política, gera uma insegurança.

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