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“A não ser que seja inevitável”, diz Cláudio Santos sobre disputar eleição em 2018

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O presidente do Tribunal de Justiça do RN, desembargador Cláudio Santos, disse em entrevista ao jornal Tribuna do Norte que, apesar de não ter interesses político-eleitorais, não descarta ser candidato nas eleições de 2018.
Ele revelou que não pretende se aposentar no momento, e disse que a vida política exige sacrifícios por parte dos agentes públicos. Ele ainda criticou a omissão dos governos federal e estadual em tomar medidas de austeridade.
Eu me considero com uma vida muito boa para enfrentar esses desafios. Porém, o fato de eu ter exercido minhas funções político-administrativas como presidente do Tribunal de Justiça de forma pró-ativa, de participação, e acho que um chefe poder assim deve proceder respeitado o estilo de cada um, leva as pessoas a comentarem esse tipo de coisa. Agora, o fato é que nós temos que ter a coragem, por exemplo, na questão previdenciária, de observar o que o Governo está enfrentando. O Governo e o Rio Grande do Norte pouco podem fazer isoladamente nesse sentido. O que o Governo Federal quer fazer é uma “meia sola” e não vai resolver, a médio e longo prazos, e imediatamente muito menos. Nós temos um milhão de aposentados do poder público que ganham o que ganham, e 25 milhões de aposentados do INSS. Será que isso é justo? Nós temos 220 milhões de brasileiros sustentando aposentadorias absurdas. Nós tínhamos um déficit de R$ 8 milhões por mês no Ipern há seis anos e hoje o deficit é de R$ 100 milhões. Onde é que vai parar isso? Não há dinheiro que chegue. As medidas de austeridade precisam ser tomadas. E eu dizendo isso, as pessoas se confundem no sentido de que eu quero gerir o Estado, me candidatar a vereador de Jardim de Seridó, a deputado, a qualquer coisa. Não quero. A não ser que seja inevitável”, declarou o desembargador.
Claudio Santos também falou sobre sua gestão polêmica à frente do TJRN, e que considera como sua medida mais importante, o ajuste fiscal que fez com que o Tribunal economizasse, entre 2015 e 2016, R$ 400 milhões.
“Mais do que talvez o ajuste fiscal do Poder Judiciário, nós tivemos o início da mudança de uma cultura sedimentada ao longo de décadas. Meu sentimento é que não se voltará, nunca mais, à prática do passado no sentido de se buscar sempre mais recursos para atender às novas necessidades (…).Em dois anos economizei R$ 200 milhões. Tínhamos R$ 130 milhões, encontrei em todas as contas. Hoje tem R$ 540 milhões”, disse ao repórter Ricardo Araújo.

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