Pastor Silas Malafaia chega à sede da PF em SP para prestar depoimento
O pastor Silas Malafaia, alvo de um mandado de condução coercitiva na Operação Timóteo, se apresentou na sede da Polícia Federal em São Paulo, na tarde desta sexta-feira (16), para prestar depoimento. O pastor deixou a PF às 17h50. A operação foi batizada de Timóteo em referência a um dos livros da Bíblia. Segundo a investigação, o líder religioso é suspeito de emprestar contas bancárias de sua instituição para ajudar a ocultar dinheiro.
Antes de entrar para depor, o pastor disse que não é bandido e não tem medo de ser preso. Ele afirmou também que sabe distinguir as doações. "Eu sei separar o que é para mim e o que para a minha entidade. Eu orei por esse cara [o doador] em 2011, eu oro por muita gente. Eu recebo muitas ofertas, não é só dele não. E declaro no imposto de renda."
Sobre a checagem da origem do dinheiro, ele disse que "isso não existe para um real nem para um milhão nem para nenhum valor”. "A minha indignação não é um juiz dizer: ‘Pastor, venha aqui prestar depoimento. Está correto. A minha indignação é fazer show pirotécnico. Foram na minha casa, minhas netas estavam em casa, com polícia federal, criança chorando, a quem interessa isso? Quer dizer que agora no Brasil qualquer um vai ser jogado no lixo da corrupção e safadeza?"
Antes de ir para a PF, Malafaia usou as redes sociais para se defender. Ele postou em seu canal no Youtube um vídeo no qual se diz "indignado" com a condução coercitiva. “Em 2013, eu recebi a visita em meu escritório do meu amigo pastor Michael Aboud, da Igreja Embaixada do Reino, em Balneário Camboriú. Ele levou um membro dele, um tal de Jader, que queria me dar uma oferta pessoal: R$ 100 mil. Depositei na minha conta e declarei na conta minha e da minha esposa. Conta conjunta, que tenho com ela.”
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