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Coronavírus e as novas regras do prazer: como ficouo sexo na quarentena? Não dá pra paquerar na pandemia. Mas o isolamento não causou o fim do desejo. Especialistas e casais contam o que fazer com a vida sexual neste momento

 






A quarentena está mudando tudo em nossas vidas. Desde a forma em que consumimos à nossa forma de se relacionar e, consequentemente, o sexo. Afinal, se temos a necessidade de isolamento social, como podemos manter a prática sexual? Ainda que seja de conhecimento geral que a COVID-19 é de fácil contaminação, é necessário ponderar que o sexo traz uma série de benefícios ao bem estar da pessoa, como redução de estresse, alívio de dores, melhora da qualidade do sono e até queima de calorias - o que, para sermos sinceros, é tudo que precisamos durante essa fase. 

 

“Não é o momento para busca de novos parceiros sexuais, porque o principal modo de transmissão se dá por meio de gotículas respiratórias e não temos como saber quem está infectado (já que alguns casos são assintomáticos) e quem está cumprindo corretamente o isolamento”, afirma a Dra. Ana Carolina Lúcio Pereira, ginecologista membro da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).


Entretanto, há uma série de possibilidades para poder manter-se ativo sexualmente durante a pandemia. Uma delas é a masturbação, que pode ser acompanhada, por exemplo, de brinquedos eróticos. “A masturbação melhora a libido, alivia dores relacionadas à menstruação (como cólicas), fortalece o sistema imunológico e até ajuda a exercitar os músculos da região pélvica, prevenindo assim o surgimento de incontinência urinária”, destaca a ginecologista.

 

Alguns cuidados devem ser tomados para a prática, como o de higienizar corretamente os brinquedos para evitar infecções por fungos e bactérias. Além disso, o correto é a busca por acessórios feitos especificamente para esta finalidade, para evitar possíveis machucados.

 

Outra questão é, por que não realizar com seu parceiro? Se você está em isolamento com ele, não há nada que impeça a prática. “Se você e seu parceiro estão em isolamento social há mais de duas semanas, tomam o máximo de cuidado ao sair de casa apenas para as ocasiões mais necessárias, como ir ao mercado ou à farmácia, usando máscaras, não há problema na prática sexual. Mas se um de vocês apresentar sintomas de coronavírus, o afastamento terá que acontecer” conta a doutora.

 

É importante ressaltar que, durante a prática sexual o ideal é evitar o contato por beijo. “A masturbação, carícias no corpo, masturbação a dois (hétero ou homo) e relação sexual pênis-vagina apresentam menor risco, com camisinha e sem beijos”, diz a médica. “Vale lembrar que o Covid-19 em pessoas infectadas foram encontrados na saliva e nas fezes. Mas não há evidências sobre a presença do vírus no sêmen ou na secreção vaginal”, finaliza a médica.

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