Decisão foi tomada em meio a disputa acirrada pelo comando da sigla na Câmara, como reflexo da crise vivida pelo partido.
Desde a semana passada, deputados da bancada têm promovido uma "guerra" de listas para definir o nome do líder que irá representar a bancada, que é composta por 53 parlamentares.
Já foram apresentadas seis listas. A mais recente foi validada na manhã desta segunda-feira pela Secretaria Geral da Câmara e fez de Eduardo Bolsonaro o líder da bancada no lugar de Delegado Waldir (PSL-GO). No entanto, ainda há outras duas listas na fila de conferência.
É preciso ter o apoio da maioria da bancada para se tornar líder, ou seja, ao menos 27 assinaturas.
O nome de Eduardo Bolsonaro tem o apoio do grupo mais fiel ao presidente Jair Bolsonaro. Já a outra ala, que defende a permanência de Waldir na liderança, é ligada ao presidente do partido, deputado Luciano Bivar (PSL-PE).
O que faz o líder
O líder é escolhido pela bancada para ser o representante do partido na Câmara. Ele pode ser substituído quando necessário pelos vice-líderes.
Normalmente, os partidos têm vários vice-líderes em razão de todas as reuniões de comissões e plenário.
Entre as prerrogativas das lideranças estão:
- pedir a palavra para falar em qualquer momento da sessão. O tempo a que ele tem direito é proporcional ao número de deputados. No caso do PSL, são sete minutos por sessão;
- participar dos trabalhos de qualquer comissão (mesmo daquelas em que não for integrante), sem direito a voto;
- orientar a bancada durante votação em plenário;
- indicar membros da bancada que irão integrar as comissões;
- registrar candidatos a cargos da Mesa.
Os ex-vice-líderes
O ofício comunicando a destituição dos vice-líderes foi recebido pela Secretaria-Geral da Mesa por volta das 16h20.
A maioria dos que foram removidos do cargo é da ala bivarista, mas também há alguns que defendem que Eduardo Bolsonaro fique na liderança.
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