Paralisação em escolas particulares na sexta faz grupos de mães no WhatsApp baterem recorde de climão
É o assunto do dia nos grupos de mães do WhatsApp, que são alguns dos locais mais movimentados do mundo de hoje: as escolas particulares de classe média estão avisando que vão parar por causa da greve geral de sextas-feira. O suficiente para causar a revolta de umas e a solidariedade e outras, transportando o racha político nacional para os celulares de capas com brilhos cor-de-rosa e animal print.
“Pra que fazer a greve na sexta?? Isso me cheira a querer prolongar o feriado!”, diz uma, no melhor estilo Xeroque Rolmes. “O ideal seria fazer na segunda-feira”, diz outra, sem se tocar de que em feriado já não tem trabalho mesmo. “Acho absurdo uma greve geral num país já com tão pouco emprego”, reclama outra, deixando muitas sem entender a lógica torta da frase. Aí vem o contra-ataque: “O trabalhador tem direito a se manifestar”, afirma uma, logo chamada de “petista”. “Se você trabalhasse e seus direitos estivessem sendo usurpados você entenderia”, diz outra, taxada de “comunista” e “deselegante”.
Muitas afirmam que “seus maridos” reclamarão com a escola, “onde pagamos altas mensalidades”, deixando no ar a dúvidas se apenas têm voz para reclamar por conta própria em grupos de WhatsApp.
O climão está garantido até o fim da semana. As próximas festinhas infantis provavelmente não terão o tradicional mesão.
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