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Acuado, Greenwald muda de estratégia.



Foi Moro quem cantou a pedra quando, no Senado, comentou que a expectativa inicial do The Intercep parece ter sido que houvesse uma possível busca e apreensão de documentos, celulares e computadores do site e do jornalista Greenwald de modo que, aos olhos do grande público, estes pudessem sair como vítimas. Não aconteceu.

O que veio em seguida foram as intensificações das investigações da Polícia Federal sobre os hackers, revelando-os terroristas internacionais muito bem pagos e não garotos à frente de um computador, como se supunha inicialmente. Por outro lado, com o bom desempenho de Moro no Senado, a opinião pública parece, até o momento, ter ficado a seu favor.

O resultado disto é que os gritos de “prendam Moro” que bradava a turma do quanto pior melhor parecem estar sendo substituídos pelo “prendam Greenwald”.

A esquerda voltou-se para a defesa de Gleen. A primeira estratégia foi tratar os hackers na mídia como “whistleblowers”, ou seja, uma espécie de cidadão denunciante que possui informações privilegiadas do governo. Foi assim com o El Pais.

A segunda foi procurar sites “colaboradores” numa espécie de “lavagem de matéria”, aos moldes como acontece com a lavagem de dinheiro. A lavanderia, no caso específico, foi o jornalista Reinaldo Azevedo.

Desde o dia 19 Gleen tem publicado bravatas em sua conta do Twitter, do tipo “vão ter que prender muitos jornalistas“, ou “será que teriam coragem de prender Reinaldo Azevedo? “. Isso é sintomático.

É que na próxima terça, 25, ele sabe que responderá as perguntas dos deputados da Câmara, e que, ou ele tira da carola o coelho que tanto prometeu, ou começa a pensar na possibilidade de dividir um quarto e sala com seu velho amigo Snowden na Rússia, ou, se preferir, com seu novo amigo Lula em Curitiba.

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