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Nova fase da Lava Jato mira propina a Palocci e Mantega



A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira, 21, a 63ª fase da operação Lava Jato, denominada Carbonara Chimica. Quarenta agentes da PF cumprem mandados em endereços dos investigados Nilton Serson e Maurício Ferro, cunhado de Marcelo Odebrecht, que também têm contra si ordens de prisão temporária. Bernardo Gradin, ex-presidente da Braskem, também é alvo de buscas.
A ação busca esclarecer a suspeita de pagamentos de propina aos ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega pela Odebrecht. Os repasses, segundo a força-tarefa, teriam como objetivo a aprovação das Medidas Provisórias 470 e 472, que favoreceriam o grupo, dono da Braskem. De acordo com as investigações, os valores eram contabilizados em uma planilha “Programa Especial Italiano”.
Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba e objetivam a apuração de crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de capitais. Foram bloqueados 555 milhões de reais de ativos financeiros dos investigados. O nome da operação remete ao fato de que os investigados eram identificados como “Italiano” e “Pós-Itália”, referência a Palocci e Mantega.
As MPs instituíram um novo refinanciamento de dívidas fiscais e permitiram a utilização de prejuízos fiscais das empresas como forma de pagamento. Ferro, Gradin e Souza foram denunciados pelo Ministério Público Federal pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Nesta ação, os ex-ministros são acusados de agir para favorecer os interesses da Braskem, que firmou acordo de leniência.
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