Segunda Turma do STF adia recurso de Lula para acessar provas da Odebrecht
Ex-presidente pede para ter acesso ao acordo de leniência firmado pela empreiteira com o Ministério Público e aos sistemas da companhia usados na acusação
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) adiou o julgamento de um recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estava previsto para esta terça-feira, 27, no qual ele alegava cerceamento de defesa pela Justiça Federal de Curitiba. O caso envolve a acusação de que teria recebido da Odebrecht, como propina, um apartamento em São Bernardo do Campo e um terreno para o Instituo Lula.
O recurso deve ser julgado na próxima sessão da Segunda Turma, na terça-feira, 3. Na peça, a defesa de Lula pede acesso ao acordo de leniência firmado pela Odebrecht com o Ministério Público Federal e às provas dos sistemas Drousys e MyWebDay, usado respectivamente para comunicação e para organizar o pagamento de propinas da empresa.
A medida já havia sido determinada pelo ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato no STF, mas o juiz Luiz Antonio Bonat, que substituiu Sergio Moro após este ter virado ministro da Justiça no governo Jair Bolsonaro, entendeu no final do mês passado que os advogados do petista já tiveram acesso às informações necessárias.
O ex-presidente também aguarda o julgamento no STF de outros dois recursos, que questionam a imparcialidade de Moro na condução do processo que levou à sua condenação, e um terceiro, que mira a suspeição dos procuradores de Curitiba.
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