Sequestrador tinha dificuldade de se relacionar com pessoas, diz polícia
Diretor da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, Antônio Ricardo afirmou que William Augusto costumava se comunicar mais por aplicativos
O delegado Antônio Ricardo, diretor da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, afirmou em entrevista, na tarde desta terça-feira (20), que William Augusto da Silva, de 20 anos, que sequestrou um ônibus na ponte Rio-Niterói pela manhã, não costumava falar com terceiros.
“Segundo relatos de familiares, ele tinha dificuldade em se relacionar com pessoas e fazia contatos mais pela internet, por aplicativos. Ainda não sabemos se ele trabalhava, mas ele morava no bairro do Jockey [em São Gonçalo].”
Ricardo disse que as investigações buscam identificar se houve mais alguém dando apoio ao sequestrador, mas ele afirmou que há possibilidades de o crime ter sido premeditado.
Vítimas disseram que, dentro do veículo, William afirmava o tempo todo que queria “fazer história”. O delegado falou também que, mesmo com a morte do homem, a ação foi exitosa.
“Essa ação foi exitosa, não teve consequências maiores, além da morte dele, que estava desde o começo determinado a tirar sua própria vida”, afirmou.
Das 37 vítimas, que não se feriram na ação, 31 foram levadas para a DHNSGI (Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo), onde foram ouvidas.
“Eles chegaram muito nervosos, mas demos todo o suporte possível, especialmente o psicológico. Foi um episódio muito traumático, mas fizemos o melhor”, concluiu.
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