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Vou fugir de novo”, lamenta venezuelano que fugiu para a Argentina


Escrito por Joselito Müller


 Perambulando pelas ruas de Buenos Aires, Ramón, 32 anos, procura emprego.

 Chegado à cidade há menos de um mês, ele tem fé que conseguirá uma ocupação que possibilite trazer o restante de sua família, que ficou em Caracas, de onde ele fugiu do regime chavista.

“Caracas es el único llugar donde las personas cumplen lo que recomendó el presidente de Brasil e só hacen mierda día sin, día no, pois non comen”, explica.

Antes pertencente à classe média, Ramón viu a situação do país se deteriorar nos últimos anos, quando a crise econômica atingiu a Venezuela de modo implacável.

Quando teve que comer o cachorro de estimação, decidiu fugir do país.

“Não queria ir para o Brasil, porque tinha medo de que (a ex-presidente) Dilma Rousseff me mandasse de volta”, explica.

Foi então que traçou um plano para fugir para a Argentina, que só se concretizou há poucas semanas.


A escolha da pátria de Borges se deu pelo fato dela ser atualmente governado por um liberal.


A vitória, no entanto, da coligação composta pela ex-presidente Cristina Kirchner, assustou o imigrante.


“Me lasquei”, declarou em português, aludindo à queda na bolsa e desvalorização da moeda, frutos do resultado das urnas.


Ramón acredita que uma vitória definitiva da chapa composta por Kirchner pode fazer com que a Argentina passe a viver situação semelhante à da Venezuela.


“Lamento que isso possa
 acontecer com a Argentina. Se soubesse, teria ficado em Caracas mesmo, ou fugido logo pra Havana pra me foder de vez”, desabafa.

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