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Pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes foi vaiado por uma plateia de empresários industriais



Pré-candidato do PDT à Presidência da República, o ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes foi vaiado por uma plateia de empresários industriais ao dizer que abrirá uma discussão sobre a reforma trabalhista, aprovada no ano passado pelo Congresso com amplo apoio da classe empresarial.
Ciro participou nesta quarta-feira (4), em Brasília, do evento "Diálogo da Indústria com Candidatos à Presidência da República" promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ele atenuou declarações dadas anteriormente, quando chegou a dizer que revogará a reforma trabalhista. Mesmo assim, não foi poupado das manifestações negativas.
"Eu não tenho poder de revogar reforma trabalhista nem nenhuma outra coisa no primeiro dia. Precisamos substituir essa selvageria a que se deu o nome de reforma trabalhista por uma outra reforma trabalhista. Vou tentar ponderar ao empresariado brasileiro que jamais prosperou uma nação no planeta Terra introduzindo insegurança jurídica e insegurança econômica", disse ele.
"Meu compromisso com as centrais sindicais é trazer de volta essa bola para o meio de campo", afirmou, disparando vaias na plateia.
Ciro ouviu as vaias quieto e, depois, retrucou: "É assim que vai ser mesmo. Se quiserem presidente fraco, escolham um desses que vêm aqui com conversa fiada para vocês." E disse ser "ilusão as pessoas que imaginarem que vai ter capitalismo sem consumo de massa". Depois, foi aplaudido ao defender uma taxa de câmbio com o real mais baixo em relação ao dólar para beneficiar quem produz.
Judiciário Ciro defendeu que a Justiça e o Ministério Público precisam "voltar para o seu quadrado" e afirmou que há uma "intrusão completamente descabida" do Judiciário sobre os demais Poderes. "O colapso do poder político democrático, pela desmoralização da Presidência da República e pela desmoralização do Congresso, tem permitido essa intrusão completamente descabida", disse. Depois, durante entrevista coletiva, ele questionou: "A quem serve uma democracia onde um presidente da República nomeia um ministro e um ministro do Supremo Tribunal Federal, exorbitando frontalmente a Constituição, por liminar, proíbe este ministro de tomar posse? O Judiciário brasileiro precisa voltar para o seu quadrado. O Ministério Público brasileiro precisa voltar para o seu quadrado."

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