Mulher é morta por vizinho que criou perfil falso para encontro
Homem apontado como autor do crime se suicidou um dia depois. Vítima foi encontrada despida à beira da estrada em Olho D’Água Grande, no Agreste de Alagoas
Maria Carla Lucas da Silva, de 18 anos, foi assassinada pelo próprio vizinho na segunda-feira (30) e só foi encontrada nesta quinta-feira (03), pela polícia com a ajuda de mais de 40 pessoas, moradoras da região. O principal suspeito do crime se suicidou um dia depois. O caso ocorreu em Olho D’Água Grande, no Agreste de Alagoas.
De acordo com as investigações da Polícia Civil de Arapiraca, o vizinho, identificado como José Willington, de 30 anos, criou um perfil falso em uma rede social e fez amizade virtual com a vítima. O delegado do caso, Everton Gonçalves, disse que, durante as investigações, foi descoberto que a vítima não gostava de seu algoz e já tinha bloqueado ele das redes sociais para não ter contato com o suspeito.
Após criar o perfil falso, identificando-se como Yuri, de 18 anos, Willington se aproximou da vítima e ganhou a confiança dela, a ponto de Maria Carla sair de casa, às 2h da madrugada de segunda para se encontrar com ele em uma casa próxima a dela. Desde então, ela não tinha sido mais vista.
“A família acreditou que ela teria fugido por conta própria com esse rapaz [Yuri]”, diz o delegado. Ele explica que testemunhas informaram que o homem teria mandado mensagens por aplicativo para os amigos, afirmando que tinha feito algo “terrível” e não seria capaz de conviver com isso.
Ele se suicidou na terça-feira, dia 1º. A partir da mensagem e do suicídio, a família e moradores começaram a desconfiar que ele pode ter sido o autor do crime que vitimou a mulher de 18 anos. As investigações conseguiram a quebra de sigilo das contas das redes sociais de ambos e descobriram que Yuri na verdade era o vizinho da vítima.
O corpo dela foi encontrado em uma cova rasa, despido, à beira de uma estrada de barro. O Instituto de Criminalística foi ao local para realizar a perícia e remoção do corpo, mas ainda não identificou como ela foi assassinada. “Todos ficaram surpresos, não esperaram isso. Todos da comunidade ficaram chocados, porque é uma comunidade pequena”, comenta o delegado Everton Gonçalves.
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