‘Querem me afastar dos judeus’, diz Bolsonaro
O presidente da República, Jair Bolsonaro, enviou uma carta à embaixada israelense neste domingo (14) após uma declaração sua ter provocado reações negativas em Israel.
Em encontro com evangélicos no Rio de Janeiro, na última quinta-feira (11), Bolsonaro disse que “poderia perdoar, mas não esquecer”, o extermínio de 6 milhões de judeus pelo regime nazista da Alemanha.
A declaração gerou respostas do presidente de Israel, Reuven Rivlin, e do Memorial do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém.
Sem mencionar o nome do brasileiro, através do Twitter, Rivlin disse que “os líderes políticos são responsáveis por moldar o futuro. Historiadores descrevem o passado e pesquisam o que aconteceu. Nenhum deve entrar no território do outro”.
Em comunicado divulgado no último sábado (13), Yad Vashem afirmou que “não é direito de nenhuma pessoa determinar se crimes hediondos do Holocausto podem ser perdoados”.
“O perdão é algo pessoal, nunca num contexto histórico como no caso do Holocausto, onde milhões de inocentes foram mortos num cruel genocídio”, escreveu Bolsonaro em sua carta à embaixada do estado Judeu.
Abaixo você encontra a íntegra da mensagem de Bolsonaro aos israelenses:
“Ao povo de Israel: deixei escrito no livro de visitantes do Memorial do Holocausto em Jerusalém: ‘AQUELE QUE ESQUECE SEU PASSADO ESTÁ CONDENADO A NÃO TER FUTURO’. Portanto, qualquer outra interpretação só interessa a quem quer me afastar dos amigos judeus. Já o perdão, é algo pessoal, nunca num contexto histórico como no caso do Holocausto, onde milhões de inocentes foram mortos num cruel genocídio”.
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