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"TODA PERDA É UM APRENDIZADO, PARA REFLETIR" (Por Antonio Carlos do Nascimento)

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Na dura realidade da vida o ser humano ganha batalhas e também perde. É a vida, visto que fomos feitos diferentes uns dos outros, daí a ocorrência de conflitos. O Estado surgiu justamente da necessidade de se apaziguar os conflitos, de impor a Paz social.
Numa disputa eleitoral, em nosso país democrático de hoje, todos sabem que dos dois lados um vai ganhar e outro vai perder. Durante a campanha ninguém admite que estará do lado que perde. Todos pensam em ganhar.
E quando vem o resultado surpreendente das urnas vem o desespero para quem perde, e a alegria incontida para quem ganha.
Mas é fato que perder é uma forma de aprender a conviver. Toda perda gera um aprendizado. Toda perda é um aprendizado. Aprendemos com as perdas.
Se você é eleitor de Riachuelo e depositava suas esperanças num emprego público, cargo comissionado, e tinha como certo este emprego, com a certeza de que o candidato de sua preferência, conquistando o poder, lhe garantiria uma vaga, obviamente que quando sabe do resultado da perda, vem o choque, vem a frustração, vem o choro, vem o desespero.
Mas o mundo não acabou com esta perda. A vida continua. Um cargo comissionado será sempre comissionado, ou melhor, temporário. Mesmo quem está do lado que ganha vai ter um dia que aprender a se virar sem o cargo comissionado. No Brasil se vive a alternância de poder, o mandato provisório.
Deus nos fez seres humanos perfeitos, do ponto de vista físico e mental. Temos pés e mãos, olhos e ouvidos, e todos temos uma mente brilhante, um cérebro espetacular que funciona com bilhões de neurônios, uma capacidade fenomenal de pensamento na velocidade da luz.
Ele, Deus, nos fez capaz de agir, de pensar, de ser criativo, formular ideias, ter iniciativas, sair da caverna, enfrentar o mundo; na chuva se abrigar; sob o sol, se proteger e aproveitar sua luz. Somos seres humanos, somos seres fantásticos, plenamente capazes. Nós somos sua imagem e semelhança.
Somos inteligentes, descobrimos o fogo; inventamos a luz elétrica; criamos a cibernética; inventamos aeronaves de milhões de toneladas, que flutuam no ar; fomos a lua e descobrimos que existe água no planeta Marte.
Se quem perdeu entrou em desespero porque se envolveu demais na campanha, esculhambou as pessoas nas redes, fez grandes textos parecidos com os textos das novelas do Manoel Carlos; botou a cara nas redes, se expôs, gritou, praguejou, e alardeou pensando que ia ganhar, obviamente, que a reação dos adversários que ganharam vai ser no mesmo tom da pessoa que, quando pensava que ia ganhar, gritava, esbravejava, reclamava, fazia textos longos, debochava.
Mas as redes sociais não foram feitas com o propósito de se transformar numa arena de ofensas. Perdeu? Procure outras alternativas de emprego, outras saídas, de acordo com a lei, legais, honestas, porque Deus ajuda quem cedo madruga. Peça a Deus ajuda, o único que pode ajudar, realmente, com seu amor misericordioso.
Toda perda é um aprendizado. Há uma lenda na qual se relata a história de uma família, a mãe e dois filhos pequenos (não havia pai na história), tinha uma vaquinha que dava muito leite à família. Eles moravam na beira de um penhasco e o alimento que dispunham para sobreviver era o leite da vaquinha. Tratavam a vaquinha muito bem, davam-lhe mimos e comida e a vaquinha os alimentava com leite. Os filhos cresceram e não tinham vontade de trabalhar, ficaram conformados com a mãe, em sobreviver somente com o leite da vaquinha, na beira do penhasco.
Um dia um homem sábio passou por ali e, sem que a família soubesse, empurrou a vaquinha no penhasco. A vaquinha morreu, numa queda terrível e a família chorou bastante, lamentou, esbravejou e quis até dar uma surra no homem sábio.
Ele disse à família que o que ele fez eles não entenderiam naquele momento, mas entenderiam depois. Foi embora.
Passado o tempo, o homem sábio voltou à casinha na beira do penhasco e, para a sua surpresa, não era mais uma casinha, era uma casa muito bonita. Ele bateu palmas e a mãe dos rapazes o atendeu, toda bem vestida, a casa limpa e arrumada e com muitos móveis. Os rapazes estavam passeando na cidade próxima com suas mulheres e filhos.
Ele perguntou a ela o que tinha acontecido. Ela respondeu: “Saiba o senhor que, com a perda da vaquinha, meus filhos descobriram que aqui perto tem uma cidade, e foram para lá trabalhar, conseguiram montar o próprio negócio, eu aprendi a costurar, fiz roupas, ganhamos dinheiro, derrubamos a casinha e fizemos esse casarão. Muito obrigado pelo que o senhor fez, se não fosse o senhor ainda estaríamos numa casinha pequena, na beira do penhasco, dependendo de uma vaquinha.” E o sábio, então, concluiu: toda perda é um aprendizado. E foi embora ensinar outras pessoas.
É assim na vida. Tem gente que, porque perdeu nestas eleições, chegaram a agredir pessoas que comemoravam, jogaram água sanitária nos olhos de um militante, partiram pra cima da prefeita puxando seu braço, isso é muito mal, não é civilizado.
Riachuelo é uma cidade linda e de um povo educado. Deve haver equilíbrio de ambos os lados, tanto para quem ganhou quanto para quem perdeu. Porque assim como a vitória, toda perda é um aprendizado.

E cá para nós, a vitória da prefeita foi mais que merecida porque Deus ajuda quem trabalha!

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