Presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro Foto: Alan Santos / PR
O governo dos Estados Unidos quer o apoio do Brasil em defesa de pautas conservadoras na Organização das Nações Unidas (ONU). Em julho, a gestão Trump enviou, ao governo do presidente Jair Bolsonaro, uma carta pedindo à gestão brasileira uma aliança em defesa de nascituros. A informação foi dada pelo colunista Jamil Chade, do portal Uol.
Além do Brasil, a carta foi enviada a outros governos conservadores, como a Arábia Saudita, o Iraque a o Egito. O texto, de acordo com o Uol, é assinado pelo secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e pelo secretário de Saúde, Alex Azar e pede uma união de países para adotar uma postura contrária a termos como ‘saúde sexual e reprodutiva'”.
De acordo com os EUA, essas palavras são utilizadas como uma tentativa de promover o aborto.
A intenção é discutir o assunto na Assembleia Geral marcada para a próxima segunda-feira (23).
Na carta, segundo o veículo, os EUA pedem que o Brasil “se junte aos Estados Unidos para garantir que cada estado soberano tenha a capacidade de determinar a melhor maneira de proteger o nascituro e defender a família como a unidade fundamental da sociedade vital para que as crianças prosperem e tenham uma vida saudável”.
“Evidências disso são encontradas em referências em muitos documentos multilaterais de política de saúde global para interpretar ‘educação sexual abrangente’ e ‘saúde sexual e reprodutiva’ e ‘saúde e direitos sexuais e reprodutivos’ para diminuir o papel dos pais nas questões mais sensíveis e pessoais orientadas à família”, continua o texto.
O governo americano ainda aponta uma “pressão sobre os países para que abandonem os princípios religiosos e as normas culturais consagrados na lei que protegem a vida não nascida (…) Estas abordagens minam o nosso compromisso comum com o desenvolvimento sustentável e com a saúde para todos, não deixando ninguém para trás”.
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