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Geraldo Melo sobre possível candidatura em 2018: “Nunca me recusei a servir”

O nome do ex-senador e ex-governador do Rio Grande do Norte, Geraldo Melo (PMDB), ganhou força nos últimos dias para assumir uma pré-candidatura a governador do Estado nas eleições do próximo ano. Em que pese o quadro político ainda estar totalmente indefinido, segundo todos os prognósticos, em função da crise política e das possíveis variáveis de modificação no quadro, o enfraquecimento da pré-candidatura do prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), devido a problemas administrativos, deixando-o praticamente de fora do jogo da sucessão, põe Geraldo como uma opção plausível dentro do cenário do PMDB.
O nome de Geraldo passou a circular nos meios políticos e empresariais do Estado como opção para 2018 devido não estar manchado por práticas de suspeita de corrupção e também pela experiência administrativa, já que governou o Estado e foi senador da República. Além disso, Geraldo é tido como conhecedor das questões sociais e também das demandas da iniciativa privada. Por último, é considerado um habilidoso ser político, com coloração partidária e bom trânsito.
“Me sinto muito honrado de ouvir esses comentários, e muito agradecido pela lembrança, mas acho que não está realmente nos planos de ninguém (essa possibilidade). Não creio que esteja nos planos de ninguém”, disse inicialmente à reportagem. “É uma coisa honrosa, mas… Não sou político profissional, nunca fui. Costumo dizer que não criei meus filhos com dinheiro de política”, disse Geraldo, pego de surpresa ao ser provocado.
Geraldo Melo iniciou na carreira política como secretário estadual e foi vice-governador, governador, vice-presidente do Senado e senador da República. Tendo construído boa parte da sua vida pública em Ceará-Mirim, colaborou com o governo de Aluísio Alves (1961-1966), tendo trabalhado no DNOCS. Foi indicado vice-governador do Rio Grande do Norte quando o titular era Lavoisier Maia Sobrinho (1978-1983). Em seguida, voltou para o grupo dos Alves e coordenou a campanha vitoriosa de Garibaldi Alves Filho para a Prefeitura de Natal, no ano de 1985. Isso lhe serviu de credencial para disputar o Governo do Estado em 1986. Com o slogan Novos Tempos, Novos Ventos e uma maioria de 14 mil votos, conseguiu eleger-se.
Instado pela reportagem a dizer se aceitaria uma convocação, Geraldo disse que nunca se recusou a prestar serviços ou cumprir com o dever. “Nunca me recusei a prestar serviço e cumprir. Se vier a ser provocado e me sentir preparado, não me recuso. Agora é preciso, que nessa altura da minha vida, é preciso que eu tenha certeza que não sou problema para ninguém”, ponderou. “Não quero ocupar espaços que já estão ocupados”, completou.
Dentro do PMDB, o maior partido do Estado, a escassez de nomes é patente. Nenhuma das três grandes lideranças da legenda admite a possibilidade de disputar o governo do Estado em 2018. O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB) anuncia que disputará mais um mandato de senador. O filho dele, Walter Alves, tentará renovar o mandato de deputado federal. E o ex-ministro Henrique Alves (PMDB) também tentará reconquistar a vaga pedida em 2014 na Câmara dos Deputados.
Uma alternativa para o PMDB seria apoiar o também integrante da família Alves, o prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), que aventou a possibilidade de disputar o governo, mas que não contava com a grave crise administrativa que tomou conta da Prefeitura de Natal, com atrasos de salários dos servidores e falta de pagamentos de terceirizados e prestadores de serviço, além da falta de obras e da dificuldade de manter a cidade com os serviços em dia, sobretudo, no que diz respeito aos cuidados urbanos, com as orlas abandonadas, praças sujas e descuidadas, escolas com problemas de gestão e postos de saúde desguarnecidos de médicos e insumos. Nesse contexto, se se confirmar que Carlos não será candidato e que o PMDB terá um nome na disputa, Geraldo Melo surge como opção para 2018.
TRAJETÓRIA POLÍTICA
Em 1993, Geraldo Melo rompeu com o PMDB e passou para o PSDB, onde foi presidente estadual até o ano de 2008, logo após retornou para o PMDB em 2011. Elegeu-se senador em 1994, e, durante esse período, Geraldo foi vice-presidente do Senado de 1995 até 1997. Em 1998, candidata-se a vice-governador na chapa de José Agripino Maia, sendo derrotados por Garibaldi Alves Filho. Em 2002, candidata-se a reeleição porém termina o pleito em 3° lugar, atrás dos eleitos Garibaldi Alves Filho e José Agripino Maia.
Em 2006, candidata-se mais uma vez ao Senado pelo PSDB termina o pleito novamente em 3°lugar atrás da eleita Rosalba Ciarlini e do 2° colocado Fernando Bezerra. Passado todo esse período, estando atualmente de fora do cenário, com a credencial de não possuir qualquer nódoa de corrupção em sua trajetória, Geraldo soma experiência e vida limpa para se candidatar governador do Rio Grande do Norte

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